Entenda por que a inflação subiu tanto no final do ano passado e o como isso impacta nos seus investimentos em 2022.
Antes de entendermos como a inflação afeta seus investimentos e porque está tão alta, vamos primeiramente conceituar o que de fato é a inflação.
Conceito de Inflação
A inflação é um índice econômico que mede a variação dos índices de preços dos bens e serviços praticados no mercado ao longo do tempo.
Esse índice permite avaliar, por exemplo, a perda do poder aquisitivo da população por consequência do aumento dos preços dos serviços e produtos consumidos pelas pessoas em um determinado período.
Na prática refere-se ao aumento contínuo desses preços na economia servindo de direcionamento para avaliar o grau de perda do poder de compra da moeda.
Para determinar o índice de inflação é feita uma avaliação de uma cesta de preços de uma série de serviços e produtos essenciais tais como: custo com habitação, alimentação, vestuário, saúde, transporte, energia elétrica, educação, entre outras categorias importantes para o dia a dia das pessoas.
A elevação de preços pode ser de curto ou de longo prazo. Por exemplo, pode aumentar de forma isolada em um mês sendo de curto prazo ou pode refletir o aumento contínuo dos preços ao longo de um ano ou mais, onde se caracteriza um processo inflacionário.
Principal indicador da inflação
Embora existam vários indicadores, o IPCA – Índice de Preços para o Consumidor Amplo, é o indicador oficial da inflação no Brasil, calculado pelo IBGE.
Seu cálculo é realizado em 13 centros urbanos pelo país, uma tentativa de capturar a variação do custo de vida médio de famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, possui ampla abrangência e repercute em todo o território nacional, valendo como base para indicar a inflação brasileira.
Causas da inflação
Como mencionamos, a economia sofre constantes alterações por fatores diversos que se dão em movimentos cíclicos, onde muitas vezes podem causam reações em cadeia afetando muitos setores do mercado, inclusive provocando a alta nos preços e por consequência o aumento da inflação.
A inflação pode ser gerada com base em uma demanda muito aquecida, como há muita procura por um serviço ou um bem, o preço sobe.
Também pode ser causada por dificuldades na cadeia de produção, algum tipo de gargalo ou condição mercadológica que implique em elevação de custos, seria uma inflação de oferta.
Outro fator que ocasiona inflação é política fiscal expansionista lastreada em impressão de dinheiro e endividamento, gerando desvalorização da moeda. Nessas ocasiões, os investidores e empresas tendem a buscar proteção em moedas estrangeiras mais estáveis, como o dólar, e seguir as tendências internacionais de mercado.
Quando há muita demanda por dólar, a moeda americana se valoriza, o que traz um efeito em cadeia já que muitos componentes da economia sofrem influência do câmbio, por exemplo os combustíveis e fertilizantes, o que contribui para acelerar a inflação.
Fatores ambientais também podem ser indicados como uma causa de inflação, como por exemplo, a crise energética que estamos enfrentando nos últimos meses em função da escassez hídrica. Nesse caso, a estiagem impacta no resultado do agronegócio, devido à diminuição das safras, além de gerar um aumento no custo de produção de energia elétrica, encarecendo muitas cadeias produtivas de manufatura e serviços.
Como frear à inflação
O governo estabelece anualmente sua meta de inflação, que é definida pelo CMN – Conselho Monetário Nacional, composto em 2022 pelo presidente do Banco Central, pelo ministro da Economia e pelo Secretário Especial da Fazenda do Ministério da Economia.
Com base nas diretrizes traçadas pelo CMN, o BC, que é um órgão independente, maneja a política monetária, adotando medidas utilizando instrumentos como elevação dos juros e aumento de depósitos compulsórios dos bancos, visando o controle da inflação, mantendo-a dentro do nível da meta. O governo pode também, por exemplo, reduzir gastos e elevar a tributação para controlar as expectativas, a demanda e a oferta.
O estabelecimento da meta é importante pois estabelece um compromisso, uma garantia ao mercado e à sociedade que o Governo tem a preocupação de manter a inflação sob controle, a todo custo.
Em situações de combate à inflação, o efeito colateral é a recessão na economia.
O problema tem solução?
A principal maneira de o Governo contribuir para evitar a inflação é atuar no sentido de manter um orçamento equilibrado onde as despesas sejam menores que as receitas, como se fosse uma economia familiar, pois uma situação de superávit evita assim, a necessidade de aumento do endividamento.
A política monetária conduzida pelo Banco Central também é uma forma de combate à inflação, mas é um processo que leva um tempo, o efeito não é imediato.
O que esperar para 2022
Segundo a expectativa dos especialistas, o IPCA deve chegar ao final de 2022 entre 5% e 6%. Esse índice corresponde a menos da metade dos aproximados 11% atingidos em 2021.
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